Medidas do governo já afetam as vendas

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em Itabuna e deixam os comerciantes preocupados, mesmo que alguns mantenham o otimismo. Eles se queixam das altas nas contas de energia elétrica, nos juros, nos combustíveis e impostos. O crédito ficou escasso e muito mais caro, e o consumidor arredio.

Dicas-de-Vendas

Vanderlei Borges, da Itacel Smartphones, diz que a crise é geral em todo o país e sua empresa não ficou de fora da queda nas vendas. Qual a previsão do empresário para os próximos meses? "Preferimos não falar em crise. Mas esperamos ansiosamente que a situação melhore em breve".
Ele afirma que já esperava uma situação como a atual, independente de qual governo, e acrescenta "nosso país vem sofrendo com más administrações há muitos anos". E não é o único que lamenta os reflexos dessas medidas que têm tirado o sono do brasileiro.

Eber Bomfim, da Gráfica Efigê, conta que seu ramo de atividade depende muito do comércio local e, com as altas taxas inflacionárias, os próprios consumidores se acautelam e deixam de consumir. "Mesmo precisando, as pessoas deixam seus desejos e necessidades para o momento mais oportuno".
E devido à instabilidade no mercado financeiro, ele diz que não há como prever nada, mas espera que ao menos diminua a instabilidade. O empresário lembra que o país vive um momento de recessão, por isso, ele e seus sócios planejam metas com cautela.
Saldo negativo
Tiago Cardoso da Silva, da Nutrimix Suplementos, também não está nada animado e fez uma comparação com o mesmo período do ano passado. O saldo é negativo nas vendas. Para ele, a população começa a se adaptar aos aumentos e faz um planejamento diferente, de espera.

Já Bruno Bulhões, do ramo de produtos de limpeza, diz que se continuar do jeito que está vai ficar ainda mais difícil. "Tenho certeza que a maioria dos comerciantes sentiu, com todas essas medidas que temos que repassar para o cliente, a queda nas vendas".

Bulhões disse ainda que pensar negativo nunca foi seu forte, "e nem resolve o problema de ninguém". Por isso ele espera que os governantes não só pensem, mas tomem atitudes para melhorar a situação da população.

Está pensando que quem trabalha com festas vive só alegrias? Thiarê Brandão, da Tatai Artes Personalizadas, sente no bolso o aumento dos impostos, transportes e luz. "Preciso comprar material para confecção dos personalizados e aumentos quase diários diminuem o lucro"
Ele explica que nem sempre é possível repassar esse aumento para o cliente. "Para o cliente não desistir da encomenda, até porque há outros gastos, ainda mais se tratando de festas, eu diminuo meu lucro". Os próximos meses são uma incógnita. "Vou tentar manter os preços".

Desanimada

A empresária Livana Fontes lamenta os aumentos do combustível, dos juros e dos impostos, que para ela afetaram drasticamente as vendas de produtos e serviços como um todo, levando a economia do país a um crescimento pífio.
"Não querendo ser pessimista, não enxergo uma melhora ainda para este ano. Estamos vivendo novamente uma inflação desenfreada, uma recessão sem limites, e o pior é que isto afeta principalmente a classe média e os trabalhadores em geral".
Para Livana, o melhor a fazer neste momento é tentar enxugar as contas, diminuir o quadro de colaboradores e investir quase nada. "O melhor planejamento para viver esta crise? Ficar quieto".

Fonte: http://www2.uol.com.br/

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