Receita restringe uso de créditos da Cofins

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A Receita Federal editou uma nova norma interna que orienta os fiscais do país a interpretar, de maneira restritiva, quais insumos as empresas podem descontar da base de cálculo do PIS e da Cofins. A medida foi publicada por meio da Solução de Consulta Interna nº 7, de 2011.

O caso analisado que deu origem à solução é de uma empresa de Fortaleza. Nas operações de exportação, a companhia cearense arca com despesas de postagem e quer usar essas despesas como créditos das contribuições para reduzir o valor final a pagar dos tributos.

Na solução de consulta, a Receita declara que os bens e serviços que geram créditos são os "exaustivamente listados nas leis que tratam destas contribuições". Determina também que as despesas de postagem, inerentes à operação de venda, não se constituem em valores pagos a título de frete na operação de venda e, portanto, não resultam em créditos.

"Essa solução de consulta interna mostra que a interpretação restritiva da Receita se fortaleceu apesar das recentes decisões do STJ e Carf de entendimento mais amplo", afirma o advogado Diego Aubin Miguita, do Vaz, Barreto, Shingaki & Oioli Advogados.

No ano passado, a 2ª Turma do Superior Tribunal de Justica (STJ) começou a julgar, favoravelmente aos contribuintes, um processo em que a Vilma Alimentos pede para compensar créditos de PIS e Cofins resultantes da compra de material de limpeza usados no processo de produção. No Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), a Câmara Superior da 3ª Seção foi favorável ao Frigorífico Frangosul ao considerar como insumos os gastos com os uniformes dos funcionários, ainda que não sejam consumidos no processo produtivo.

Para o advogado Flávio Eduardo Carvalho, do Souza, Schneider, Pugliese e Sztokfisz Advogados, a orientação da solução interna é preocupante porque, na situação em análise, a empresa usa a postagem para exportar, o que lhe é essencial. O tributarista explica que, enquanto a Receita entende que insumo deve ser vinculado à produção da mercadoria, o Carf tem julgado que insumo é o essencial e necessário para a produção, mesmo que não componha o produto final. "O conselho ainda não pacificou seu posicionamento, mas a Receita caminha na direção contrária. Isso sinaliza que o Carf ainda terá muitos recursos de contribuintes para a analisar", afirma.

A postagem por correio equipara-se ao frete na operação de venda, segundo a tributarista Mary Elbe Queiroz, do Queiroz Advogados Associados. "A postagem é o meio que a empresa encontrou para colocar o bem à disposição do consumidor", diz. Para a advogada, a Receita contraria o princípio da não cumulatividade, promovendo bitributação, ao vedar o uso do crédito.

Fonte: Valor Econômico

Municípios do Litoral Sul terão limites alterados

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No dia 31 de janeiro, o diretor-geral da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, Geraldo Reis, o presidente da Comissão Especial de Assuntos Territoriais e Emancipação da Assembleia Legislativa da Bahia, João Bonfim; técnicos da SEI; e do IBGE se reunirão na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) para dar continuidade ao projeto de atualização das divisas intermunicipais do estado.

O encontro inicia o trabalho de redefinição dos limites territoriais do território de identidade Litoral Sul, composto por 26 municípios: Maraú, Ubaitaba, Itacaré, Aurelino Leal, Uruçuca, Itapitanga, Coaraci, Almadina, Floresta Azul, Ibicaraí, Itapé, Itajuípe, Barro Preto/Lomanto Junior, Ilhéus, Itabuna, Buerarema, São José da Vitória, Arataca, Una, Santa Luzia, Canavieiras, Jussari, Itaju do Colônia, Pau Brasil, Camacan e Mascote. Todas as prefeituras foram convidadas pela SEI a participar da reunião, que acontece no auditório da torre administrativa da Uesc, 5º andar, às 15h30min.

O trabalho de atualização das divisas municipais do Estado, coordenado pela SEI, já está no quarto território de identidade, sendo que já foram aprovadas as leis para os territórios de Vitória da Conquista e de Itapetinga, totalizando 37 municípios com limites oficialmente redefinidos. O território de identidade Sertão Produtivo será o próximo a ser votado na Assembleia. O diretor-geral da SEI, Geraldo Reis, informa que o planejamento para 2012 prevê realizar o trabalho em sete territórios.

Para o trabalho que está sendo iniciado no Litoral Sul, a previsão da SEI é de que cinco equipes de campo passem cerca de 15 dias na região e o trabalho seja completado com mais 45 dias de consolidação dos dados em gabinete.

Menos empresas fecharam as portas no Brasil durante o ano passado

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O número de empresas que fecharam as portas vem caindo no país. O dado é de um estudo do Serasa Experian - "Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações- Dezembro de 2011", que analisa o fechamento de empresas no país. Segundo o estudo, o aquecimento do mercado interno foi decisivo para a vida econômica nacional. Segundo o assessor econômico do órgão, Carlos Henrique de Almeida, as falências em 2011 representaram o menor volume nos últimos seis anos.

"O mercado interno fortalecido e expansão do crédito contribuíram para a queda no número de insolvências. Em 2011, as falências requeridas e decretadas apresentaram o menor volume desde 2005, ano em que foi editada a nova lei de falências. Ao longo dos doze meses de 2011, houve 1.737 pedidos de falência, 10,4% a menos que os 1.939 requerimentos feitos em 2010", cita.

Ele ressalta que dos 1.737 pedidos de falências feitos, 1.143 foram de micro e pequenas empresas, 384 por médias e 210 por grandes. "Quanto às falências decretadas, houve 641 decretos em 2011, 12,4% a menos que os 732 registrados em 2010. As micro e pequenas empresas foram as que mais tiveram falência decretada em 2011. Foram 576 decretos, seguidos por 48 de médias empresas e por 17 de grandes", avisa.

No estado da Bahia o indicador Serasa Experian também detectou retração

Foram 18 falências requeridas em 2011 contra 23 registradas no ano anterior e 12 falências decretadas contra 14 contabilizadas em 2010. "A Bahia tem uma economia diversificada, diferente de alguns estados nordestinos cuja economia é muito focada no turismo e com a valorização do real estão passando por dificuldades na atração de turistas. A Bahia tem empresas de grande porte e isso favorece", observa.

Economia em alta - Para 2012 o assessor econômico acredita que não haja intempéries caso a crise econômica mundial não venha se acirrar. "Não temos notado expectativas de grandes variações no cenário empresarial, mas é claro que vivemos um momento delicado.

Os juros menores facilitam a administração de capital e o fluxo de caixa das empresas, mas num ambiente de crise econômica, se houver maiores problemas no mercado, o ambiente empresarial corre risco e nisso as empresas brasileiras também. Tudo vai depender dos desdobramentos da crise", avalia.

Para o Serasa Experian, o mercado interno forte e a expansão do crédito evitaram maior impacto da política monetária restritiva para controle da inflação, via juros elevados, sobre a solvência das empresas. Nesse contexto, os efeitos da crise global também foram minimizados.

O estudo do Serasa ilustrou também que algumas empresas tiveram dificuldades no período e efetuaram pedidos de recuperação judicial, número que cresceu 10% em 2011 na comparação com o ano anterior, passando de 475 em 2010 para 515 em 2011.

Com alteração do mínimo, sobe a contribuição do empreendedor individual

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Acompanhando a alteração do salário mínimo, que a partir do dia 1º de janeiro passa a ser R$ 622, a contribuição previdenciária do empreendedorindividual e dos segurados facultativos de baixa renda também será reajustada, passando para R$ 31,10 por mês.

A contribuição à Previdência desta categoria de trabalhadores é de 5% do salário mínimo, e o reajuste também passa a valer a partir de janeiro. De acordo com a Previdência Social, este novo valor será pago em fevereiro, quando os contribuintes recolhem a contribuição referente ao mês de janeiro.

Além de contribuir para a Previdência, o empreendedor recolhe R$ 1 de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), se for da indústria e do comércio, ou R$ 5 de ISS (Imposto sobre Serviços), se for do setor de serviços.

Folha de janeiro

O reajuste do salário mínimo para R$ 622 foi publicado no DOU (Diário Oficial da União) na última segunda-feira (26). O documento estabelece que o novo piso salarial passe a vigorar a partir de primeiro de janeiro.

Os segurados que recebem até o piso previdenciário, o que corresponde a um mínimo, terão seus benefícioscorrigidos na folha de janeiro, que começa a ser paga no dia 25 de janeiro e vai até o dia 7 de fevereiro. Ao todo, são mais de 19 milhões de beneficiários em todo o País que terão seus benefícios reajustados pelo novo mínimo.