Atraso no pagamento de dívidas de empresas diminuiu em fevereiro

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O atraso no pagamento das dívidas das empresas brasileiras caiu em fevereiro, pela segunda vez seguida, ficando 1,4% inferior ao resultado de janeiro, segundo levantamento Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. No entanto, comparando-se o acumulado do primeiro bimestre deste ano com igual período do ano passado, constatou-se aumentou de 2,7%.

Essa elevação foi causada por um maior número de dias úteis nos dois primeiros meses deste ano, segundo análise dos economistas da empresa de consultoria Serasa. Eles atribuíram o bom desempenho na variação mensal à “atividade econômica ainda aquecida em alguns segmentos e pela maior oferta de crédito para capital de giro e investimentos”.

O número de títulos protestados teve redução de 7,9%. Já os cheques sem fundo aumentaram em 3,5% e as dívidas que deixaram de ser pagas aos bancos nas datas determinadas em contrato cresceram 2,2%. Na média, incluindo todos os tipos de dívidas, as micro e pequenas empresas apresentaram queda de 1%; as de médio porte, -6% e as grandes -6,5%.

Comparado com fevereiro de 2010, foram registrados aumento na inadimplência de 7,9% nas micro e pequenas, 8,5% nas médias e 18,9% nas grandes.

Empresariado baiano continua otimista, porém apontam sinais de apreensão

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A Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano, realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (SEPLAN), revelou que pelo sétimo mês consecutivo o estado de ânimo do setor produtivo baiano permanece na zona de Otimismo Moderado. Os empresários baianos entraram o ano de 2011 confiantes, entretanto, com taxa 22,9% inferior ao mês de dezembro, o que pode evidenciar alguns sinais de apreensão.

Em janeiro de 2011, o ICEB alcançou a marca de 98,5 pontos, esse foi o menor resultado alcançado pelo indicador desde quando foi iniciado o cálculo da série em março de 2010. “Os empresários baianos sinalizaram em janeiro expectativas menos otimistas quanto aos desempenhos setoriais de vendas, exportação e abertura de unidades. Essa redução no nível de confiança em relação à performance de suas empresas é conseqüência do pessimismo quanto ao comportamento futuro de variáveis como crédito, taxa de juros e taxa de câmbio e os possíveis reflexos sobre a demanda e sobre condições de investimento”, afirmou o coordenador de estatística da SEI, Armando Castro.

O setor Indústria foi o que mais contribuiu para esse arrefecimento, 64,5%, seguido do setor Agropecuário com 45%, e o setor Serviços e comércio com 2,8%.Somente o setor Agropecuário migrou da zona de Otimismo em dezembro com 416,7 pontos, para zona de Otimismo Moderado com 229,2 pontos em janeiro, os setores Indústria e Serviços e comércio estabilizaram na zona de Otimismo Moderado pelo terceiro mês consecutivo com 20,8 pontos e 121,5 pontos, respectivamente.

Quanto às expectativas atinentes ao crescimento econômico, todos os setores estão animados, com indicadores atingindo as marcas de 472,5 pontos para o PIB nacional e 458,2 pontos para o PIB estadual. Aproximadamente 36 % dos entrevistados acreditam que o PIB estadual cresça acima de 5% nos próximos 12 meses.

Produtores de Cacau em atraso tem prazo de pagamento prorrogado

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O Banco Central do Brasil publicou a Resolução 3.950, do Conselho Monetário Nacional, (CMN), prorrogando para 30 de junho deste ano o prazo para o pagamento das parcelas do Programa Especial de Saneamento de Ativos (Pesa), vencidas em 2011, 2010 e em anos anteriores, e que ainda não foram encaminhadas para a Dívida Ativa da União, com bônus de adimplência que podem chegar a 70%.

A prorrogação do prazo, vencido no final do ano passado, foi uma reivindicação apresentada pela Câmara Setorial do Cacau e pela Associação de Produtores de Cacau (APC), durante reunião realizada em Ilhéus, este mês, e encaminhada ao governo federal pela Secretaria da Agricultura (Seagri).

“Mais uma vez o governo federal se sensibiliza e atende os produtores. Estamos criando oportunidades para virar a página da dívida do cacau e nos dedicarmos a um novo momento, que é o da diversificação e da agroindustrialização”, disse o secretário da Agricultura, Eduardo Salles.

Para o diretor da APC, Guilherme Galvão de Oliveira Pinto, “a publicação da resolução do Conselho Monetário Nacional é mais uma conquista da Bahia. Uma medida que beneficia não só os produtores baianos, mas de todo o Brasil”. Galvão avaliou que “a Resolução do CMN cria condições para o produtor regularizar seu financiamento”.

Vendas no varejo fecham 2010 com alta de 10,9%, mostra IBGE

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O volume de vendas do comércio varejista brasileiro ficou estável em dezembro, em relação a novembro, mas fechou o ano de 2010 com aumento de 10,9%, segundo informou, nesta terça-feira (15), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior alta acumulada desde 2001.

“Se a economia está melhor, se você se sente com mais dinheiro, você muda seu padrão de consumo e passa a comprar mais, e produtos de mais qualidade. Você deixa de comprar frango e passa a comprar mais carne, ou deixa de comprar margarina e passa a comprar manteiga, melhorando o seu padrão de consumo”, disse Reinaldo Silva Pereira, gerente de Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.

Em dezembro, a receita nominal registrou aumento de 15,6% na comparação com o mesmo período de 2009 e de 14,5% no ano todo.

“Em 2008, tivemos a crise financeira e a bolha imobiliária nos EUA. Naquele ano, nós não fechamos com dois dígitos. Até iríamos fechar, mas a crise não deixou. No segundo semestre de 2009, a economia brasileira começou a se recuperar. E em 2010, esse crescimento transbordou e cravou nos dois dígitos.”
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No acumulado em 2010, entre os setores pesquisados pelo IBGE, o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registrou avanço de 9% no volume de vendas sobre 2009. Segundo o instituto, o setor exerceu o principal impacto no resultado anual do setor varejista, representando 39,9% da taxa anual do varejo.

"Este desempenho reflete, principalmente, o aumento do poder de compra da população decorrente do aumento da massa de salário da economia (obtida pela melhora da renda e do emprego) e da expansão do crédito, conforme revelado pelos dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE e das Operações de Crédito do Sistema Financeiro registradas pelo Banco Central do Brasil, respectivamente", informou o IBGE, por meio de nota.

Segundo o gerente, conforme a renda vai aumentando, a tendência é de se gastar mais com alimentação. "As classes mais baixas gastam mais com alimentação, mas as classes mais ricas, que já estão bem alimentadas, vão em busca de outros produtos”, afirmou.
As 27 unidades da Federação mostraram aumento nas vendas, com maior expansão vista em Tocantins (71,5%), Rondônia (23,0%), Acre (20,1%), Paraíba (16,1%) e Maranhão (15,8%).

Também tiveram aumentos expressivos as vendas nos segmentos de móveis e eletrodomésticos (alta de 18,3% em relação ao ano anterior), sendo a atividade com o segundo maior impacto (27%) na taxa anual.

“A valorização do câmbio fez com que o preço de eletrodomésticos ficasse mais barato (..) No início do ano, a redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] contribuiu para o aumento da venda dos eletrodomésticos.”

As vendas do ramo outros artigos de uso pessoal e doméstico tiveram a terceira maior influência em 2010 (7,4%) e apresentou alta de 8,8% no ano. Em seguida, em quarto lugar, aparece o segmento de tecidos, vestuário e calçados (alta de 10,7% sobre 2009). "Este resultado é explicado pela recuperação do mercado interno frente à crise financeira iniciada no final de 2008, quando a atividade começou a registrar resultados negativos, devidos principalmente à valorização do real", diz a nota.

Outras influências partiram de atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com avanço de 11,9%, exercendo a quinta maior contribuição, seguida por combustíveis e lubrificantes, com varição acumulada de 6,6% em 2010. Depois, estão a atividade de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com aumento de 24,1% sobre 2009 e o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria, cujas vendas subiram 12%.

Em dezembro
Das oito atividades do comércio pesquisadas pelo IBGE, com ajuste sazonal, seis apresentaram aumentos no volume de vendas: tecidos vestuário e calçados (3,4%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,8%); livros, jornais, revistas e papelaria (2,3%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,6%); móveis e eletrodomésticos (1,4%); e combustíveis e lubrificantes (1,1%).

Na contramão, com recuos, estão os segmentos de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,0%).

Com ajuste sazonal, o volume de vendas apresentou avanço em 16 dezesseis estados, com destaque para Roraima (3,8%), Acre (3,7%) e Piauí (2,0%). Por outro lado, 11 estados tiveram variações negativas, com as principais baixas partindo de Amapá (-1,9%), Bahia (-1,4%), Alagoas (-1,3) e Paraná (-1,3%).

Já na comparação com o mês de dezembro de 2009, as 27 unidades da Federação mostraram aumento nas vendas, com maior expansão vista em Tocantins (71,5%), Rondônia (23,0%), Acre (20,1%), Paraíba (16,1%) e Maranhão (15,8%).